domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quem é quem no transporte urbano?

A Consulte, informativo do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia de São Paulo (Sinaenco), publicou em sua última edição (dezembro de 2010) uma ampla matéria “Caminho aberto para avançar” que descreve os principais aspectos que envolvem a mobilidade urbana. A Fundação Ippuj publica abaixo a retranca “Quem é quem no transporte urbano”. Quem quiser ler a matéria completa pode clicar sobre o link onde encontra-se a revista em PDF.

As características dos principais modais de transporte aplicáveis às cidades de médio e grande porte

Bus Rapid Transit (BRT)
Modelo de transporte que utiliza veículos sobre pneus, articulados ou biarticulados, que trafegam em canaletas específicas ou em vias elevadas.
O sistema prevê a compra de bilhetes nas estações, rampas, escadas-rolantes e plataformas para reduzir o tempo de embarque e desembarque. No Brasil, o primeiro sistema de corredores de ônibus foi implantado em 1979, em Curitiba, hoje uma referência mundial.
· 2 a 20 mil passageiros por hora por sentido
· 20 km/h a 30 km/h
· R$ 17 milhões a R$ 26 milhões por km construído

Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)
Sistema de veículos articulados que trafegam sobre trilhos metálicos instalados nas ruas ou em faixas específicas. Trata-se de uma versão contemporânea dos antigos bondes. Pode ser alimentado por via elétrica ou funcionar com veículos a diesel. No Brasil, o VLT do Cariri, que
liga Juazeiro a Crato, no Ceará, é o mais novo sistema do país, com 13,6 km de extensão.
· 10 a 45 mil passageiros por hora por sentido
· 20 km/h a 30 km/h 
· R$ 62 milhões a R$ 79 milhões por km construído

Monotrilho
Sistema de média capacidade que trafega em pista elevada. É suportado por um trilho único, que pode estar localizado acima ou abaixo do compartimento de passageiros. Assim, os carros viajam ‘pendurados’ ou ‘encaixados’ em trilhos de concreto ou aço, que também fornecem a força motriz, em geral elétrica. Uma desvantagem é a interferência provocada pelas estruturas elevadas em meio à malha urbana.
· 4 a 10 mil passageiros por hora por sentido
· 20 km/h a 30 km/h
· R$ 70 a 130 milhões por km construído

Metrô
Linha férrea que circula em túneis elevados ou mesmo sobre a superfície sem interferência no trânsito local. São elétricos, possuem sistemas e controle que permitem a circulação dos trens com intervalos mínimos de tempo e podem ser integrados a outros sistemas de transporte.
O metrô mais antigo é o de Londres, iniciado em 1863. Os de Nova York e Buenos Aires foram construídos nos primeiros anos do século 20.
· 60 mil a 80 mil passageiros por hora por sentido
· 30 km/h a 40 km/h
· R$ 100 milhões a R$ 300 milhões por km construído

Trens urbanos
Os antigos sistemas de trens de subúrbio foram modernizados. Receberam carros e sistemas de controle mais eficazes, permitindo intervalos menores entre trens. Algumas capitais de estados brasileiros estão trabalhando para transformar seus trens urbanos em metrôs de alta capacidade para atendimento a regiões metropolitanas. A diferença com os metrôs é a maior distância entre estações e sua abrangência, que geralmente envolve cidades vizinhas.
· até 60 mil por hora por sentido
· 30 km/h a 50 km/h
· R$ 60 milhões a R$ 100 milhões por km construído

Outros sistemas
Ciclovias, escadas e passarelas rodantes, elevadores, funiculares e teleféricos também podem ser integrados às redes de transportes urbanos. Um exemplo antigo é o Elevador Lacerda, em Salvador. Um mais moderno é o Elevador do Cantagalo no Rio, recentemente inaugurado.
O Rio também inovou ao instalar uma linha de teleférico no Complexo do Alemão, para interligar várias favelas da cidade. A linha foi inspirada no Metrocable, implantando em Medelín na Colômbia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário